Pós-modernidade
e o enigma brasileiro
A
cultura brasileira tornou-se o palco de uma disputa simbólica: a crítica da
desigualdade com a velha ordem da conciliação das diferenças. Uma mentalidade
fundada na generosidade e na hospitalidade, mas também na exclusão, bombardeada
pelas experiências culturais da pós-modernidade.
O Brasil é o 5º país em superfície, não temos terremotos ou
ciclones, mas temos o segundo rio do mundo em cumprimento, o amazonas, que é o
primeiro em largura. Por
causa da natureza somos auto-suficientes em energia, e nossa energia é limpa,
porém, somos a 7º economia do mundo e um dos 12 países mais desiguais do planeta. É um dos 15 países com maior número de homicídios.
Investimos
5,4 do PIB em educação, tanto quanto os EUA e mais do que a Itália, e estamos
em 7º entre os países com mais crianças matriculadas no ensino fundamental. Temos o 2º maior índice de analfabetismo da América Latina, atrás somente da Bolívia.
O Brasil se submeteu por 450 anos ao modelo
europeu e já se submete ao americano por mais de meio século. Mais isso não
impediu o país de cultivar seu próprio modelo feito de miscigenação,
sincretismo, alegria, sensualidade, simpatia, acolhimento, solidariedade e
esperança. Criou para si mesmo uma civilização a partir de uma história
dolorosa, uma natureza generosa, e a tentativa de não levar a pior nas situações
difíceis.
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